
Em 2024, a economia timorense cresceu 3,3%, lembra ainda o BAD no relatório sobre as Perspetivas de Desenvolvimento para a Ásia, hoje divulgado.
"Estas taxas de crescimento, superiores à média histórica, são sustentadas principalmente pelo aumento do investimento em capital, pelo consumo privado e pelo setor dos serviços", pode ler-se no relatório.
Em termos de investimento de capital, o documento indica um aumento de 29% nas transferências governamentais, o crescimento das remessas e das receitas do turismo.
O investimento público em capital, nomeadamente nos transportes e infraestruturas, deverá crescer 19,5%.
O consumo privado deverá aumentar também devido a uma maior atribuição de empréstimos ao consumo.
Segundo a diretora do BAD em Timor-Leste, Stefania Dina, citada num comunicado que acompanha o relatório, o crescimento económico está suportado na "crescente procura interna" e também por "uma execução orçamental mais eficiente".
Mas, salientou a responsável, para "manter este dinamismo é fundamental investir no capital humano através de um gasto público estratégico e de um desenvolvimento de longo prazo".
"Ao fazê-lo, Timor-Leste poderá alcançar um crescimento sustentável, reforçar a sua resiliência e desbloquear todo o seu potencial", disse Stefania Dina.
Em relação à inflação, o BAD prevê que se mantenha nos 2,8% em 2025 e 2026 devido à "moderação dos preços globais dos alimentos e dos bens transacionáveis, bem como a aumentos reduzidos nos preços dos bens e serviços não transacionáveis".
É esperado um aumento do défice da balança corrente devido ao crescimento das importações, influenciado pelo consumo e pela valorização do dólar americano.
O BAD ressalva no relatório que as previsões de crescimento foram concluídas antes de os Estados Unidos imporem as novas tarifas aduaneiras.
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