Com um resultado consolidado de 935 milhões de euros em 2024 e um contributo do negócio em Portugal de 195 milhões de euros antes de impostos, o grupo Bankinter voltou esta quinta-feira a afirmar não estar interessado no Novo Banco.

Gloria Ortiz, CEO do banco, disse em conferência de imprensa que quer continuar a crescer de forma orgânica, cujos resultados são satisfatórios. “Queremos continuar a crescer e aumentar as nossas quotas de mercado”, afirmou a gestora.

Em Portugal o Bankinter cresceu 8% em crédito, para 10 mil milhões de euros (6,7 mil milhões na banca comercial e 3,3 mil milhões de euros na banca de empresas), face a 2023. Os recursos captados em Portugal ascendem também a 10 mil milhões de euros. Para a CEO são indicadores de crescimento significativos.

As comissões subiram 13%, para 77 milhões de euros. E a margem bruta (diferença entre a remuneração dos depósitos e o encaixe dos juros nos créditos) cresceu também 13%, para 346 milhões de euros.

O rácio de incumprimento em Portugal é de 1,3%, mais baixo do que tem a operação em Espanha (2,4%), mas Espanha é o principal mercado: só em concessão de crédito o negócio ascendeu a 66 mil milhões de euros e os recursos somam os 76 mil milhões de euros. O rácio de eficiência pontua positivamente: está nos 32%.

Quanto ao número de pedidos de crédito e respetivo montante ao abrigo da garantia pública para jovens, o Bankinter não divulgou informação. O administrador financeiro, Jacobo Diáz, afirmou em resposta ao Expresso que o banco tem uma quota de mercado de 4% neste segmento e 60 milhões de euros para atribuir ao abrigo da garantia, mas “ainda é cedo” para divulgar dados sobre este tema.