
O Conselho Governador do Banco Central Europeu (BCE) deu a conhecer, nesta quinta-feira, a sua decisão de política monetária a aplicar daqui em dianta, optando pelo corte das taxas de juro diretoras novamente, fixando as mesmas em 2,25%. Esta é a sexta descida consecutiva do regulador europeu e a sétima desde que a tendência decrescente começou.
Assim, as taxas de juro de facilidade permanente de depósito, das operações principais de refinanciamento e da facilidade permanente de cedência marginal de liquidez fixam-se, a partir de 23 de abril, em 2,25%, 2,4% e 2,65%, respetivamente.
Esta decisão tem como justificação a “avaliação atualizada da inflação, bem como da dinâmica da inflação subjacente e ainda da capacidade de transmissão da política monetária”, como se pode ler no comunicado do BCE. De acordo com o banco central, o processo desinflacionista está “num bom caminho”, tal como esperado pelos membros do BCE. A instituição liderada por Christine Lagarde considera que as medidas de inflação subjacente sugerem que este indicador se vai fixar em 2% a médio prazo, tal como era o objetivo do banco.
No entanto, o BCE alerta que as perspetivas de crescimento se deterioraram, dada a maior tensão do mercado, mesmo tendo em conta a resiliência que a Zona Euro criou a choques globais. “Maior incerteza vai reduzir a confiança das famílias e empresas, e a resposta volátil e adversa do mercado às tensões vai provavelmente ter um impacto constrangedor nas condições de financiamento”, perspetiva o regulador.
Para o futuro, o BCE reforça que vai ter em conta os dados e indicadores económicos disponíveis e que está decidido a manter a inflação no marco dos 2% de forma sustentável. Assim, o banco central “vai seguir uma abordagem dependente de dados e de reunião a reunião para determinar a política monetária adequada”, esclarece, acrescentando que o Conselho Governador com “não se vai pré-comprometer com um caminho específico para as taxas”.