
O Governo de Cabo Verde acaba de anunciar a inauguração oficial do seu Parque Tecnológico, o TechParkCV. Um passo decisivo na consolidação do país como um polo estratégico de inovação e tecnologia na África Ocidental. A cerimónia irá decorrer em dois momentos: a 5 de Maio no campus da Praia e a 6 de Maio no campus do Mindelo.
Financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, o TechParkCV é uma infraestrutura de última geração que visa acelerar a transformação digital, fomentar o empreendedorismo e promover a sustentabilidade. Ao assumir-se como “As Ilhas Tecnológicas da África Ocidental” (TIWA), Cabo Verde pretende atrair startups, investidores e parceiros internacionais, posicionando-se como um elo entre a CEDEAO e o Atlântico.
O evento de inauguração contará com a presença de representantes do Governo, oradores internacionais de renome, painéis com stakeholders do setor, masterclasses e uma feira de startups com cerca de 20 expositores. Momentos culturais irão também integrar o programa, sublinhando a identidade cabo-verdiana deste projeto com ambição global.
O TechParkCV poderá, assim, marcar uma nova era na economia digital do país, oferecendo oportunidades a uma nova geração de talentos e empresas tecnológicas que encontram nas ilhas um ecossistema em plena expansão.
Apesar da inauguração formal, o parque já se encontra em funcionamento, acolhendo atualmente empresas tecnológicas, nacionais e internacionais, que operam nas áreas das TIC, energias renováveis, economia digital e serviços partilhados. O ecossistema já criado tem vindo a atrair startups, centros de investigação e parceiros estratégicos, confirmando o potencial deste investimento.
O TechParkCV representa um investimento total de aproximadamente 36 milhões de euros. Deste montante, cerca de 31,6 milhões de euros foram financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) na primeira fase do projeto, enquanto o Governo de Cabo Verde contribuiu com cerca de 4,4 milhões de euros como contrapartida nacional.
Em julho de 2023, foi assinada uma nova linha de financiamento de 14 milhões de euros com o BAD para a segunda fase do projeto. Esta fase teve como objetivo tornar o parque mais resiliente às mudanças climáticas e ampliar o apoio ao desenvolvimento empresarial.