"Cabo Verde enfrenta ainda graves problemas de habitação que assumem a primeira linha de prioridades deste Governo. Neste momento, no país, cerca de 26.000 agregados familiares pobres vivem em casas degradadas e o défice habitacional é de cerca de 13.200 habitações que representam necessidades imediatas", descreveu Olavo Correia, que é também ministro das Finanças.
Os números foram revelados na sequência da realização do "Cabo Verde Fórum Urbano 2021", organizado pelo Ministério da Infraestrutura, Habitação e Ordenamento do Território (MIOTH), em parceria com a ONU Habitat, e que arrancou na sexta-feira, na Praia.
De acordo com Olavo Correia, a construção de novas habitações, a requalificação e reabilitação do parque habitacional existente, a elaboração dos planos urbanísticos e a requalificação e reabilitação de casas de famílias carenciadas "implicam investimentos públicos e privados imediatos de cerca de 63,9 milhões de contos [582 milhões de euros], e de 146,8 milhões de contos [1.340 milhões de euros] até 2030", respetivamente.
"Neste contexto pandémico e pós-pandémico, temos de aproveitar esta oportunidade para podermos fazer deste processo de desenvolvimento mais verde, mais azul, mais digital e particularmente mais inclusivo", defendeu o governante.
Acrescentou que a "gestão sustentável do território é um dos maiores desafios para realizar a Ambição 2030", programa de desenvolvimento a médio prazo preparado pelo Governo cabo-verdiano.
Segundo Olavo Correia, o Governo pretende garantir "a implementação plena e a atualização de todos os instrumentos de gestão do território", bem como das políticas legais neste setor.
"Bem como, assegurando em todo o território nacional a operacionalização do cadastro predial, a atualização da cartografia e da toponímia e a modernização da rede geodésica, altimétrica e da Infraestrutura de Dados Espaciais de Cabo Verde", disse ainda.
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