"O Presidente vai impor amanhã [sábado] tarifas de 25% ao México, 25% ao Canadá e 10% à China pelo fentanil ilegal que produzem e permitem que seja distribuído no nosso país", explicou a porta-voz da Casa Branca (presidência norte-americana), Karoline Leavitt.
Trump tinha vindo a ameaçar a imposição de tarifas para garantir uma maior cooperação dos países para impedir a imigração ilegal e o contrabando de produtos químicos usados para fazer fentanil, mas também prometeu usar tarifas para impulsionar a produção nacional e aumentar as receitas do Governo federal.
Os Governos do Canadá e do México já reagiram a esta confirmação, assegurando estar preparados para todos os cenários e prometendo responder adequadamente ao início da implementação de tarifas por parte dos Estados Unidos.
A Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, reiterou que o seu Governo está preparado "para qualquer cenário".
"Vamos esperar, como sempre disse, com a cabeça fria (...). Estamos preparados para qualquer cenário e estamos a tentar manter diálogo", explicou a Presidente mexicana na sua habitual conferência de imprensa matinal.
Sheinbaum garantiu que o Governo do México tem "um plano A, um plano B, um plano C", caso haja alguma manobra por parte das autoridades norte-americanas.
Também o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, avisou hoje o Presidente norte-americano, Donald Trump, que se decidir impor tarifas de 25% sobre as importações canadianas irá receber uma resposta "decisiva" e "enérgica", mas "razoável" por parte do Canadá.
"Estamos num momento crítico. Como o Presidente Trump declarou, continua empenhado em impor tarifas ao Canadá a partir de amanhã (sábado, dia 01 de fevereiro). Não sabemos exatamente como será, mas sei duas coisas: se o Presidente decidir impor tarifas, estaremos preparados para responder", prometeu o chefe de Governo do Canadá.
Trudeau esclareceu que o seu Governo está preparado para "qualquer cenário possível" e avisou que as tarifas terão "consequências desastrosas para os Estados Unidos", uma vez que "colocarão empregos americanos em risco, aumentarão os preços", além de que "vão minar a segurança coletiva".
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