
Segundo dados do banco central, esta diminuição homóloga resulta de aumentos dos défices da balança de bens e da balança de rendimento primário, bem como do aumento do excedente da balança de serviços.
Nos primeiros dois meses do ano, e face ao mesmo período do ano passado, o défice da balança de bens aumentou 749 milhões de euros, provocado por um aumento das importações (826 milhões de euros) superior ao das exportações (77 milhões de euros).
Ao mesmo tempo, o défice da balança de rendimento primário agravou-se em 281 milhões de euros, "decorrente de uma menor atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios (-355 milhões de euros)", explica o BdP.
Já o excedente da balança de serviços aumentou 504 milhões de euros, justificado pela evolução do saldo dos serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços fornecidos por empresas (176 milhões de euros), e das viagens e turismo (155 milhões de euros).
A balança financeira teve, assim, até fevereiro deste ano, um saldo de 62 milhões de euros, resultante da capacidade de financiamento da economia portuguesa.
Segundo o regulador, as instituições financeiras não monetárias, exceto sociedades de seguros e fundos de pensões, foram o setor que mais contribui para este saldo, em grande parte devido à redução de passivos em capital e em títulos de dívida por não residentes.
Em sentido inverso, os bancos e o banco central foram os setores com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, perante o aumento de passivos em capital e em depósitos, respetivamente.
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