A produção do Fiat 500 elétrico vai ser interrompida por falta de encomendas na Europa. A produção, que é feita na fábrica italiana de Mirafiori, na zona de Turim, vai ser suspensa a partir desta sexta-feira.
Para já, a Stellantis -a multinacional dona da Fiat, mas também de outras marcas como a Peugeot, a Citröen e a Opel - vai parar a produção do modelo durante quatro semanas.
A empresa está a ser afetada por uma tendência de diminuição das vendas de veículos elétricos.
“É uma medida necessária por causa da atual falta de encomendas, relacionada com as profundas dificuldades sentidas no mercado elétrico europeu”, declarou a empresa, citada pelo jornal The Guardian.
A Stellantis diz estar a “trabalhar arduamente” para “gerir da melhor forma esta fase de transição”.A empresa fez um investimento de 100 milhões de euros de euros na fábrica de Miori -onde a produção tinha vindo a cair- para, entre outros projetos, produzir uma versão híbrida do Fiat 500, nos próximos dois anos.
“O complexo de Mirafiori está a passar por uma profunda transformação, com o objetivo de se tornar um verdadeiro local de inovação e desenvolvimento global, uma escolha fundamental se quisermos enfrentar o desafio da transição para a mobilidade sustentável”, sustentou a empresa , que agora vai ver a produção no local parada.
"Inimigo comercial"? A China
A Europa está a tentar combater a falta de vendas de carros elétricos no continente, atacando a concorrência intercontinental. Foi aberto um verdadeiro clima de conflito comercial com a China, um dos principais produtores mundiais de carros elétricos e onde as vendas destes veículos têm disparado, nos últimos anos.
Bruxelas impôs a Pequim taxas(que variam entre os 17,4% e os 37,6%) sobre a importação dos veículos elétricos chineses.
A posição não é, contudo, consensual entre os Estados-membros, com alguns países, como a Espanha, a terem já assumido publicamente críticas a esta decisão, alegando que a Europa não precisa de mais uma guerra, desta feita comercial.