Além dos serviços atualmente disponíveis no portal Gov.pt, o governo quer que “as candidaturas ao Porta 65 Jovem” também passem a ser feitas por esta via, anunciou a ministra da Juventude e Modernização no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Margarida Balseiro Lopes explicou que quando o Gov.pt, que uniformiza canais de atendimento dos serviços públicos, foi lançado, o objetivo não era que tivesse logo todos os serviços integrados, mas que se fosse “fazendo essa integração”. A governante detalhou que ficou estabelecido que todos os “novos serviços que sejam disponibilizados têm que vir por defeito no Gov.pt”, dando, como exemplo, os “cheques-psicólogo ou os cheques-nutricionista”.

"Outro dos serviços que queremos transitar para o Gov.pt são as candidaturas ao Porta 65 Jovem", acrescentou em seguida, indicando que esta transição "é um esforço brutal".

"Até ao final do mês de janeiro", a Administração Pública terá de "identificar os serviços que atualmente só estão disponíveis de forma presencial" e que podem passar a estar disponíveis de forma digital, à luz da "estratégia omnicanal", acrescentou.

Estratégia Digital Nacional apresentada nas próximas semanas

Segundo a ministra, a Estratégia Digital Nacional, que “traçará o caminho da transformação digital para Portugal até 2030”, vai ser apresentada "nas próximas semanas" . Além de ser assente em quatro dimensões fundamentais - Pessoas, Empresas, Estado e Infraestruturas -, "o tema do talento, da capacitação e formação das pessoas" vai ser um dos focos principais, adianta.

"É essencial", indicou, sublinhando que há "44% da população sem competências digitais", pelo que é necessária uma "aposta forte".

Situação do ataque informático à AMA está “corrigida”, mas é necessário um “grande investimento na Administração Pública”

Questionada sobre o ataque informático à Agência para a Modernização Administrativa (AMA), Margarida Balseiro Lopes indicou que não podia divulgar as "vulnerabilidades" que causou, mas reiterou que a situação está "corrigida".

"Temos que fazer um grande investimento na Administração Pública", admitiu, sublinhando que "infelizmente" estes "ataques vão ser cada vez mais frequentes".