A Greenvolt irá vender 19 projetos de parques de energia fotovoltaica localizados em várias regiões de Itália à energética britânica Glennmont Partners, anunciou a energética portuguesa esta quinta-feira, 5 de setembro, em comunicado. O valor do negócio ronda os €18,7 milhões, estando previsto que os projetos sejam vendidos faseadamente.

Os 19 projetos solares fotovoltaicos, com capacidade de geração de 153 MWp (megawatts-pico), são ready to build (prontos a construir, em português), isto é, serão entregues à Glennmont no momento em que estiverem aprovados e preparados para edificação imediata. A Greenvolt prevê que tal aconteça entre 2024 e 2025.

O presidente executivo da energética portuguesa, João Manso Neto, destaca em comunicado a “vantagem” que a empresa tem "na promoção de projetos até ao início da sua construção, onde a nossa vantagem comparativamente a outros players [participantes] no mercado das energias renováveis é maior”.

“Essa vantagem comprova-se com o interesse que sentimos por estes ativos em desenvolvimento em Itália e que nos levaram a fechar este acordo com a Glennmont Partners”, frisa no comunicado de imprensa.

A Glennmont Partners, sediada em Londres, dedica-se ao investimento em infraestruturas de energia renovável e é propriedade da gestora de ativos norte-americana Nuveen.

A venda destes projetos à participada da Glenmont Partners, a energética Verdian IPP, significa que os investidores desta última "beneficiarão da aquisição de ativos com prazos de construção curtos em Itália, fortalecendo o portfólio do IPP. Numa visão mais abrangente, a compra destes projetos reforça nosso portfólio de energia renovável, que atualmente excede 7,6 GW [gigawatts] distribuídos pela Europa, EUA e Ásia”, refere o diretor global de energias limpas da Nuveen Infrastructure, Francesco Cacciabue, também citado no comunicado.

A Greenvolt justifica a venda com a estratégia do grupo “de desenvolver projetos solares que são, posteriormente, vendidos”. E acrescenta que "do pipeline [portefólio], que alcançava os 8,6 GW no final do primeiro trimestre, prevê-se que entre 70% e 80% dos projetos seja alienado. O objetivo para este ano é o de alienar mais de 500 MW".