Donald Trump assinou esta quinta-feira a ordem executiva que vai permitir aplicar “tarifas recíprocas” a todos os países que impõem taxas sobre as importações dos EUA. Desta vez, a mira do Presidente norte-americano está apontada à União Europeia (e não só).
“Três grandes semanas, porventura as melhores de sempre, mas chegou o grande dia: tarifas recíprocas!”, escreveu na Truth Social.
Estas “tarifas recíprocas” não entrarão em vigor de imediato, devendo a sua aplicação ser adiada por “algumas semanas”, informou fonte da Casa Branca. A ideia é permitir tempo para negociações.
Aos jornalistas, o Presidente norte-americano mostrou-se disponível para acordos, mas defendeu que, para isso, os países que aplicam taxas às importações dos EUA devem reduzi-las ou eliminá-las.
Trump explicou que o seu plano visa “repor a justiça" e “nivelar as condições de concorrência”, insistindo que a UE é “muito dura” nas questões comerciais.
O secretário do Comércio revelou entretanto que a situação de cada país vai ser avaliada individualmente e que este trabalho estará concluído até 1 de abril.
"O Presidente tem todo o gosto em baixar as tarifas aduaneiras, se os países quiserem baixar as suas”, acrescentou.
Para além da União Europeia, também a China, Japão e Coreia do Sul estão sob a mira dos EUA.
“É simples, se eles nos taxam, nós também os taxamos”
No domingo, Donald Trump já tinha prometido aplicar tarifas às importações de países que também taxam produtos norte-americanos.
“É simples, se eles nos taxam, nós taxamo-los”, disse.
Os líderes europeus já prometeram retaliar. Alertam que o plano de Trump pode despoletar uma guerra comercial alargada que “afete toda a gente”.
Donald Trump já aplicou uma taxa adicional de 10% aos produtos importados da China e prepara-se para aplicar as já anunciadas tarifas ao México e Canadá, que se encontram suspensas por um prazo de 30 dias.