O novo modelo de IRS Jovem vai abranger até 400 mil jovens. Na manhã seguinte à entrega da proposta para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), a maioria está ainda sem certezas sobre o que mudou. Mas há o receio de que não seja suficiente para segurar o talento em Portugal.

À primeira vista, o alargamento da idade para a isenção parcial ou total e o fim do critério de escolaridade são as mudanças mais significativas. Na proposta estão abrangidos todos os jovens, licenciados ou não, até aos 35 anos, desde que não tenham mais de 10 anos de desconto.

Os jovens reconhecem o esforço do Governo, mas acreditam que não será o suficiente para cumprir o objetivo de reter o talento jovem no país.

"O IRS Jovem já é um início, mas ainda falta muito para manter os jovens em Portugal, até porque os salários não são muito atrativos". aponta um jovem questionado pela SIC. “Acho que é preciso mais e não tenho certeza se é isto que precisamos (…) Acho que tem mais a ver com a progressão de carreira”, aponta outro.

Entenda a medida

No novo IRS Jovem, discutido e alterado com a intervenção do Partido Socialista, a progressão do desconto vai diminuindo à medida que os anos vão passando.

  • 1.º ano: 100%
  • 2.º ao 4.º ano: 75%
  • 5.º ao 7.º ano: 50%
  • 8.º ao 10.º ano: 25%

O IRS Jovem tem duas limitações: os 35 anos de idade e os 10 anos de desconto, que não começam a contar quando a medida entrar em vigor, porque estão associados ao historial de trabalho de cada pessoa.

Por exemplo, se tiver menos de 35 anos, mas já 10 anos de descontos, não está incluído na medida.

O IRS Jovem vai abranger todos os rendimentos dos jovens até aos 28 mil euros. A nova formulação vai permitir abranger entre 350 a 400 mil pessoas.