O défice comercial, que mede o valor das exportações menos as importações, caiu para 5,3 biliões de ienes (32 mil milhões de euros), de acordo com dados do governo, apedar do valor das importações ter aumentado devido ao aumento dos custos da energia e à inflação crescente em todo o mundo.
As exportações da terceira maior economia do mundo totalizaram 107,9 biliões de ienes (663,9 mil milhões de euros), ultrapassando a marca dos 100 biliões de ienes pelo segundo ano consecutivo, e o maior valor registado em dados comparáveis, que remontam a 1979, informou o ministério.
Algumas empresas podem ter acelerado as exportações em antecipação de potenciais tarifas que o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu impôr.
Trump disse que espera colocar tarifas de 25% sobre o Canadá e o México a partir de 01 de fevereiro.
Durante a campanha, o novo Presidente norte-americano ameaçou impor tarifas sobre as importações da China, embora os pormenores sobre essa eventual decisão permaneçam pouco claros.
Em dezembro, as exportações nipónicas aumentaram 2,8% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto as importações aumentaram 1,8%. As exportações cresceram para os países asiáticos e europeus, enquanto caíram ligeiramente para os Estados Unidos.
As importações provenientes da Índia, Hong Kong e Irão foram as que mais cresceram.
Veículos, semicondutores e outra maquinaria foram os campeões das exportações do Japão.
O enfraquecimento do iene, outra tendência recente, tem o efeito de inflacionar o valor das importações.
No último ano, o dólar norte-americano tem rondado o nível dos 150 ienes, ultrapassando por vezes os 160 ienes, enquanto há um ano flutuou em torno da referência dos 140 ienes.
O Japão registou um défice comercial durante quatro anos consecutivos, mas o défice do ano passado foi consideravelmente inferior ao défice de 9,5 biliões de ienes em 2023.
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