No relatório sobre os Indicadores Prudenciais e Económico-Financeiros, do Banco de Moçambique, o BNI -- que integra a lista do banco central de instituições com menos de mil clientes - fechou o terceiro trimestre com um rácio de crédito em incumprimento (NPL, na sigla em inglês) de 41,09%, mas que já foi de 52,4% no primeiro trimestre.
Entre os bancos comerciais da listagem do banco central surge igualmente o Ecobank, com um rácio de NPL de 43,78% (33,88% no primeiro trimestre), o Moza Banco, com um rácio de 23,69%, e o Access Bank, com um rácio de 17,92%.
Da lista divulgada pelo banco central, com base em dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras, apenas o United Bank for Africa (UBA), First National Bank (FNB), Standard Bank e First Capital Bank (FCB) apresentam um rácio de NPL inferior ao recomendado (5%), respetivamente de 1,74%, 2,30%, 3,50% e 4,06%.
Já o Millennium BIM, um dos maiores do país e liderado pelo português BCP, viu o rácio de crédito em incumprimento no último trimestre chegar a 5,27%, enquanto o BCI, liderado pela Caixa Geral de Depósitos, atingiu 9,97%.
O governador do Banco de Moçambique, Rogério Lucas Zandamela, afirmou em novembro de 2023 que o setor bancário moçambicano estava "sólido e bem capitalizado", mas alertou que o crédito em incumprimento permanecia em níveis elevados.
Dados do banco central indicam que funcionam atualmente em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.
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