A ANA - Aeroportos de Portugal entregou esta terça-feira ao Governo o relatório inicial sobre a construção do novo aeroporto Luís de Camões, que o Executivo irá analisar nos próximos 30 dias. Pela primeira vez, o Governo, pela voz do ministro das Finanças, admite que a obra, com uma estimativa de investimento entre os 6 mil milhões os 8 mil milhões de euros, poderá afinal ter investimento público.
“Procurando que o encargo para o Orçamento do Estado (OE) seja o mais limitado possível, e se possível até sem qualquer impacto para os contribuintes, sendo o financiamento totalmente privado, veremos o que o relatório da Vinci/ANA dirá sobre este aspecto”, afirmou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, nas declarações feitas após a entrega do relatório da concessionária sobre o plano de investimento do futuro aeroporto Luís de Camões.
O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, tem afirmado que a construção do novo aeroporto será financiada apenas pela ANA, e sobretudo através do pagamento das taxas aeroportuárias.
Miranda Sarmento salientou a importância de “desenvolver uma infraestrutura que é absolutamente crítica para Portugal” e que terá um impacto muito relevante no país em termos económicos.
O relatório inicial sobre o futuro aeroporto Luís de Camões, designado “High Level Assumption Report”, entregue pela ANA - Aeroportos de Portugal, tem incluído em traços gerais o investimento previsto para o novo aeroporto.
Está inscrita no documento uma estimativa preliminar dos custos, do financiamento e do tempo previsto para a construção. Uma das grandes fontes de financiamento, sabe-se já, serão as taxas aeroportuárias. Mas não deverá ficar por aqui.