Depois de ter mais do que triplicado as suas receitas nos últimos trimestres, o grupo Santa Clara apenas as duplicou desta vez (+122% num ano), segundo um comunicado.

Apesar da desaceleração, a Nvidia mantém um ritmo sem comparação face ao resto do setor.

A Nvidia gerou no segundo trimestre um lucro líquido de 16,6 mil milhões de dólares (+168%).

Por ação e excluindo itens excecionais, indicador de referência do mercado, situa-se nos 68 cêntimos, ou seja, acima dos 61 cêntimos anunciados pelos analistas.

O volume de negócios situou-se em 30 mil milhões de dólares no período entre o final de abril e o final de julho, significativamente mais do que os 28,8 mil milhões de dólares esperados pelos analistas.

Além disso, a Nvidia espera receitas de 32,5 mil milhões de dólares no terceiro trimestre, um valor também superior às projeções do mercado, que antecipam 31,7 mil milhões de dólares.

Há mais de dois anos que a gigante tecnológica tem vindo a quebrar as expectativas do mercado, trimestre após trimestre.

É impulsionada pela procura das suas já famosas placas gráficas (GPU), 'chips' com capacidades computacionais aumentadas, essenciais para o desenvolvimento da chamada inteligência artificial (IA) generativa.

"A procura pelo Hopper continua forte e as expectativas para a Blackwell são incríveis", realçou o diretor executivo (CEO) e cofundador da Nvidia, Jensen Huang, citado no comunicado.

O Hopper faz parte da família de microprocessadores que inclui o H100, o principal produto da empresa, de longe o mais popular do setor e que vale várias dezenas de milhares de dólares cada.

Em meados de março, a Nvidia apresentou a Blackwell, a família de GPU sucessora da H100, que deverá ser comercializada até ao final do ano. A empresa classificou-o como "o 'chip' mais poderoso do mundo".

"Os centros de dados enfrentam dificuldades para modernizar a sua infraestrutura de TI com capacidades de computação aceleradas e inteligência artificial", lembrou Jensen Huang.

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