
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta Quinta-feira que vai ajudar oitos países da África Austral, nomeadamente Moçambique, a reforçarem as respostas às ameaças à saúde relacionadas com o clima, através de um fundo de 32 milhões de euros.
“Com o apoio financeiro do Fundo para as Pandemias e a assistência técnica da Organização Mundial da Saúde na Região Africana e de outros parceiros, o Botsuana, o Lesoto, Madagáscar, o Malaui, Moçambique, a Namíbia, a África do Sul e o Zimbabué vão aumentar a sua capacidade de proteger a saúde pública e de responder a emergências” relacionadas com o clima, anunciou a entidade num comunicado.
Este será um programa trienal de 35 milhões de dólares que tem como objectivo “apoiar estes países no reforço dos sistemas nacionais e regionais de alerta rápido, vigilância das doenças, diagnóstico laboratorial e desenvolvimento da mão-de-obra – pilares fundamentais da preparação para as emergências sanitárias”, explicou.
A OMS alertou ainda que a África Austral está a aquecer o dobro da média global. “As secas, as inundações e os ciclones estão a tornar-se mais frequentes e graves, alimentando a propagação de doenças transmitidas por vetores e pela água, como a malária e a cólera, e colocando uma pressão acrescida nos sistemas de saúde”, lamentou.
Cinco dos países envolvidos na iniciativa – Lesoto, Madagáscar, Malaui, Moçambique e Zimbabué – estão entre as 50 nações mais vulneráveis do mundo a doenças infecciosas, de acordo com a OMS, citado pela Lusa.
Muitos destes países “enfrentam também um elevado risco climático, agravado por desafios estruturais como infra-estruturas fracas, recursos limitados e elevados níveis de migração transfronteiriça, o que sublinha a necessidade urgente de uma preparação coordenada em toda a região”, realçou.