Portugal voltou no primeiro semestre deste ano a ficar abaixo da média da União Europeia (UE) e da zona euro no que respeita ao preço da eletricidade para clientes domésticos e para as empresas, revelam os mais recentes dados do Eurostat, com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a evidenciar que na primeira metade do ano o preço médio na UE ficou 19% acima do registado em Portugal no segmento residencial.

De acordo com a ERSE, que cita os mais recentes números do Eurostat, o consumidor residencial na UE pagava em média (no primeiro semestre) 30,1 cêntimos por kilowatt hora (kWh), contra os 25,39 cêntimos registados em Portugal (preços que já incluem impostos e taxas). Na zona euro o valor médio foi ainda mais elevado, de 31,95 cêntimos por kWh. Em Espanha o preço médio para clientes domésticos era de 26,57 cêntimos, 5% acima do praticado em Portugal.

No abastecimento às empresas Portugal também ficou abaixo da média europeia. O custo de cada kWh para a indústria na UE situou-se em 19,7 cêntimos, mais 48% do que em Portugal (13,32 cêntimos) e na zona euro o valor médio foi de 20,33 cêntimos, mais 53% do que em Portugal. A indústria em Espanha suportou um valor médio de 15,01 cêntimos, mais 13% do que em Portugal.

No que toca às famílias, Hungria, Bulgária, Malta e Croácia tiveram os registos mais baixos do primeiro semestre, enquanto Alemanha, Irlanda, Dinamarca e Chéquia tiveram os preços mais altos.

Embora Portugal tenha tido uma subida da fatura de eletricidade para clientes finais este ano (por via, principalmente, do agravamento das tarifas de acesso à rede), continuou a ter uma posição favorável face a grande parte das economias europeias, situando-se agora na 12ª posição entre os preços mais altos de eletricidade.

Nos consumos não domésticos os preços mais baixos ocorreram na Finlândia, Suécia, Dinamarca e Bulgária. E Portugal registou o quinto preço mais baixo da UE para clientes industriais. Os mais altos foram registados na Irlanda, Chipre, Alemanha e Croácia.