A inflação terá acelerado para os 3% em dezembro, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE), um "salto" de 0,5 pontos percentuais face ao registo de novembro.

No destaque divulgado esta segunda-feira, 30 de dezembro, a autoridade estatística nacional avança igualmente que a taxa de inflação média de 2024, que integra a estimativa de dezembro, deverá ter sido de 2,4%, significativamente abaixo da média anual de 4,3% em 2023 e de 7,8% em 2022, picos que só encontram paralelo nas taxas de inflação registadas no início dos anos 1990.

A taxa de inflação subjacente, que exclui dos cálculos bens alimentares não-transformados e energia, por serem de preço volátil e, por isso, poderem distorcer a tendência geral dos preços, aumentou igualmente em dezembro para os 2,8%, quando no mês anterior se fixara nos 2,6%.

A inflação da energia acelerou fortemente em dezembro: face a dezembro de 2023, os preços desta componente subiram 4,9%. Em novembro, a variação homóloga fora mais reduzida, nos 2,1%.

A inflação nos bens alimentares não transformados, como carne e peixe crus, frutas e legumes, também terá aumentado significativamente em dezembro para uma taxa de 3,4%, face a 1,9% em novembro.

"Estes dois agregados apresentaram os contributos mais relevantes para a aceleração do IPC total", salienta o INE.

Em cadeia, ou seja, de novembro para dezembro, a taxa de inflação foi estimada nos 0,1%; quando entre outubro e novembro a taxa foi negativa em 0,2%.

No que toca ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), indicador que permite comparações entre os Estados-Membros da União Europeia, este deverá ter sido de 3,1% em dezembro, acelerando face aos 2,7% de novembro.

O INE publicará os dados dados definitivos referentes à inflação de dezembro a 13 de janeiro de 2025.