De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou pela região semiautónoma chinesa só foi superado no primeiro trimestre de 2019 -- antes da pandemia de covid--19 --, período em que registou quase 10,4 milhões de visitantes.

No entanto, segundo a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), cerca de 59% dos visitantes (5,82 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.

Em 2024, o Governo central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China.

Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com "vistos individuais" para visitar Hong Kong e Macau.

Além disso, desde 01 de janeiro passado que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias.

Em resultado, a esmagadora maioria (90,8%) dos turistas que chegaram a Macau nos três primeiros meses do ano vieram da China continental ou Hong Kong.

Ainda assim, o número de visitantes internacionais cresceu mais depressa, 16,9% em comparação com o primeiro trimestre de 2024, para mais de 682 mil.

No entanto, este valor representa uma queda de 20,3% em comparação com o mesmo período de 2019, antes do início da pandemia de covid-19.

Em 10 de abril, a diretora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, disse que em 2025 a prioridade vai continuar a ser "captar turistas internacionais", participando em feiras no estrangeiro e organizando atividades no território.

A diretora da DST recordou que Macau vai receber em junho a reunião semianual da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos e, em dezembro, o congresso anual da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

A APAVT está ainda a organizar uma delegação europeia, com "cerca de 20 pessoas", que irá participar na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau (MITE, na sigla em inglês), de 25 a 27 de abril, referiu Senna Fernandes.

Portugal vai ter um espaço próprio na MITE, que irá ainda incluir, pela primeira vez, a secção "Estação do Café", para "destacar as caraterísticas dos países de língua portuguesa", disse a dirigente.

Em agosto, Senna Fernandes apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025.

Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.

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