Com mais de 6.300 lojas, 75 marcas e 215 mil empregados, o Grupo LVMH – Louis Vuitton Moet Hennessy, é o maior conglomerado do luxo no mundo. Com receitas anuais a rondar os 87 mil milhões de euros, este império conduziu o francês Bernard Arnault ao topo do ranking da Forbes das personalidades mais ricas do mundo. Na lista de 2024, o empresário de 75 anos, com uma fortuna calculada em 226 mil milhões de dólares (cerca de 198 milhões de euros), estava à frente de Elon Musk e dos bilionários da tecnologia.
Porém, em 2025, a situação já não é mesma. Na lista deste ano, a Forbes colocou-o na quinta posição, com uma fortuna avaliada em 178 mil milhões de dólares (cerca de 156 mil milhões de euros), após quedas consecutivas durante o ano passado. A tecnologia venceu a disputa anual e o empresário Elon Musk ascendeu ao primeiro lugar, e chegou a estar a uma distância superior a 100 mil milhões de dólares do segundo classificado.
A capitalização bolsista do Grupo LVMH registou uma quebra acentuada, passando para os 245 mil milhões de euros. Esta quebra fez mossa na fortuna de Bernard Arnaud, que perdeu quase 9 mil milhões de dólares (cerca de 8 mil milhões de euros) apenas num dia.
Porém, a situação do milionário francês, o primeiro europeu nesta lista, continua a fragilizar-se. Na passada terça-feira o mercado reagiu à apresentação dos resultados trimestrais do gigante do luxo, que apontaram para uma quebra de 3% das receitas globais da companhia, com a área da moda e dos produtos em pele – sobretudo Louis Vuitton – a cair 5%, nos primeiros três meses de 2025. E os investidores foram rápidos a reagir: as ações do grupo cotado em Paris caíram perto de 8%, para os 490 euros cada.
Assim, a capitalização bolsista da companhia registou uma quebra acentuada, passando para os 245 mil milhões de euros. Esta quebra fez mossa na fortuna de Bernard Arnaud, que perdeu quase 9 mil milhões de dólares (cerca de 8 mil milhões de euros) apenas num dia, e caiu para a sexta posição do ranking Forbes. Atualmente está avaliado em 145 mil milhões de dólares (cerca 127 mil milhões de euros).
Hermès esteve no topo das mais valiosas do luxo por umas horas
Após o anúncio destes resultados – que os analistas não esperavam ser de quebra – e durante algumas horas, a sua rival Hermès conseguiu ultrapassar a capitalização bolsista do grupo LVMH, tornando-se momentaneamente no grupo de luxo mais valioso do mundo. Esta pequena vitória aconteceu 15 anos depois de a marca dona da icónica mala Birkin ter sobrevivido a uma tentativa de aquisição hostil por parte de Bernard Arnault.
A situação já inverteu novamente e as duas companhias mantém-se muito próximas em termos de valor de mercado. O grupo LVMH está a valer cerca de 291,6 mil milhões de dólares (cerca de 256 mil milhões de euros) e o grupo Hermès está avaliado nos 282 mil milhões de dólares (cerca de 248 mil milhões de euros).
Apesar disto, a diferença entre os dois conglomerados ainda é grande: o grupo LVMH registou lucros de 22,1 mil milhões de dólares (cerca de 18,6 mil milhões de euros) em 2024, e a Hermès lucrou perto de 7 mil milhões de dólares (cerca de 6,14 mil milhões de euros).