Os trabalhadores das indústrias metalúrgicas, elétricas e químicas vão estar em greve durante todo o ano de 2025 ao trabalho em dia de feriado que, por escala, seja dia normal de trabalho, e ao trabalho suplementar.

A paralisação arranca às 00:00 de dia 1 de janeiro, segundo os dois pré-avisos de greve divulgados esta terça-feira pela Fiequimetal - Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas.

Segundo a estrutura sindical, a não realização de trabalho em dia de feriado que, por escala, seja dia normal de trabalho, pode ser prolongado ou antecipado, nomeadamente nos horários de turnos, cujo efeito do pré-aviso se prolonga até final do turno que termina no dia seguinte ou se antecipará para o início do que começa no dia anterior.

O pré-aviso relativo ao trabalho suplementar abrange todas as situações possíveis, nomeadamente prolongamento ou antecipações do horário normal de trabalho, dias de folga, feriados e descanso semanal obrigatório ou complementar. Abrange igualmente os casos de trabalhadores de prevenção.

No caso do trabalho em dia de feriado que por escala seja dia normal de trabalho, a greve serve para exigir a efetivação do descanso compensatório e das percentagens de acréscimo remuneratório do trabalho em dia de feriado, a negociação da contratação coletiva e respeito pelo direito individual e coletivo dos trabalhadores, assim como para defender o emprego de qualidade e com direitos.

A Fiequimetal acrescenta que a segurança e manutenção das instalações nos períodos de greve serão assegurados pelos trabalhadores "nos mesmos moldes que o são nos períodos de interrupção de funcionamento ou de encerramento e que sempre se têm revelado suficientes".

O pré-aviso refere igualmente que serão garantidos os serviços mínimos nalguns setores.

Quanto à greve ao trabalho suplementar, que decorre igualmente entre as 00:00 de dia 1 de janeiro e as 24:00 de 31 de dezembro de 2025, as reivindicações são idênticas.

No passado dia 19 de setembro, foi entregue no parlamento uma petição promovida pela Fiequimetal, com mais de 13.000 assinaturas, reclamando que os deputados reconheçam o desgaste rápido das várias profissões da indústria.