A fabricante norte-americana Tupperware anunciou esta quarta-feira que abriu falência. Há muitos anos que a marca não se encontrava numa situação financeira estável e a quebra nas vendas só veio piorar o cenário.

"Nos últimos anos, a situação financeira da empresa foi seriamente afetada por um ambiente macroeconómico desafiador", refere Laurie Ann Goldman, CEO da empresa, num comunicado .

"Explorámos várias opções e considerámos que este é o melhor caminho a seguir" prosseguiu.

O grupo com sede em Orlando, na Flórida, diz que quer continuar a funcionar durante o processo de falência e pretende continuar a pagar aos funcionários e fornecedores.

Esta semana começaram a surgir rumores de que a empresa iria declarar falência, esses rumores levaram à queda das ações em mais de 50%. Na terça-feira, a negociação das ações da Tupperware foi mesmo suspensa na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE).

Em abril de 2023, a marca já tinha anunciado que estava em risco de falência. Na altura, a empresa tentou renegociar os empréstimos. Desde 2022, ano em que o volume de negócios caiu para 1,3 mil milhões de dólares (menos 42% do que em 2017), que o grupo não publica as contas.

Fundada em 1946 por Earl Tupper, a Tupperware tornou-se um fenómeno das caixas de plástico para alimentos. Inicialmente organizava 'reuniões de Tupperware' e fazia demonstrações ao domicílio.

Ganhou tanta fama que hoje em dia as pessoas usam o nome da marca cada vez que querem fazer referência a uma caixa de plástico para alimentos, independentemente da marca.

A Tupperware tem produtos à venda em 70 países. Em Portugal, a empresa operava desde os anos 50. É em Constância que se situa a fábrica onde, só em 2022, foram dispensados 100 trabalhadores.