No momento em que entramos em contagem decrescente para a grande festa dos 40 anos da BLITZ, na Meo Arena, em Lisboa, a 12 de dezembro – com concertos de Xutos & Pontapés, Capitão Fausto, Gisela João e MARO –, pedimos a músicos, promotores, jornalistas, radialistas e outras personalidades que vão ao baú resgatar memórias de quatro décadas de história, deixando-nos, também, uma mensagem para o futuro.

“Não sei precisar exatamente desde quando, mas desde que me lembro a BLITZ faz parte da minha vida”, assume Ana Lua Caiano, que se estreou este ano nos álbuns com “Vou Ficar Neste Quadrado”, “e claramente foi um dos grandes contributos para que desenvolvesse um interesse tão grande pela música! Aprendi muito com a BLITZ. Foi sempre super importante para mim porque é um espaço sobretudo de descoberta. A partir da revista cruzei-me com imensos músicos, álbuns, músicas que não conhecia… É essencial que haja um espaço, como este, dedicado à música, que coloque a música num ‘palco’ como merece”.

Segundo a cantora e escritora de canções, “um dos seus maiores contributos é destacar músicos emergentes. Por vezes, no início da carreira musical é difícil chegar ao público e a BLITZ, de forma sempre pertinente, procura esses músicos ouve as suas canções e dá-lhes um espaço, contribuindo também para que estes artistas sejam ouvidos por mais e mais pessoas”. Para o futuro da publicação, à qual chama “uma espécie de jornal com som”, Ana Lua Caiano espera “que o som continue a soar alto e bem e que a BLITZ continue com força a dar este espaço tão necessário à música”.