David Gilmour manifesta-se favorável à venda do catálogo dos Pink Floyd, mas não por motivos financeiros.
Em entrevista à “Rolling Stone” a propósito do lançamento do seu novo álbum, “Luck and Strange”, o veterano guitarrista confirmou que essa possibilidade, inicialmente noticiada em 2022, ainda está em cima da mesa.
“Ainda está em discussão, sim”, disse David Gilmour, que tomou as rédeas do grupo inglês em 1985, após a saída de Roger Waters. “O meu sonho é poder livrar-me da tomada de decisões e das discussões que acarreta a pertença desse catálogo. Se as coisas pudessem ser diferentes… e o meu interesse não é financeiro. Só quero livrar-me do lamaçal em que isto se transformou, há já algum tempo”.
Quanto às probabilidades de o seu desejo se realizar, David Gilmour revela que as decisões, no seio dos antigos músicos dos Pink Floyd, se tomam com base num “sistema de veto. Por isso, pode dizer-se que há três pessoas que concordam com a ideia de vender, e uma que não”, diz, sem revelar nomes.
A relação entre Gilmour e Waters é conturbada há vários anos, tendo no último ano ficado ainda mais tensa, depois de a mulher de Gilmour, Polly Samson, ter acusado Waters de ser “antissemita” pela sua visão relativamente ao conflito entre Israel e o Hamas. “Tal como já disse, ele deixou o nosso grupo pop quando eu estava nos meus 30 e sou um tipo bastante velho agora, portanto não há grande relevância”, continuou Gilmour, “não conheço o trabalho dele desde então, portanto não tenho nada a dizer sobre esse tópico”.