Os Massive Attack estão entre os artistas que se insurgiram contra os motins levados a cabo por elementos de extrema-direita, no Reino Unido, que duram desde 30 de julho.

Estes motins, que já deixaram mais de 70 polícias feridos e levaram a mais de 250 detenções, iniciaram-se na sequência da morte de três crianças numa escola de dança de Inglaterra e foram potenciados pela desinformação online. Cidades como Rotherham, Sunderland e Liverpool têm sido palco para manifestações violentas contra imigrantes e muçulmanos, tendo-se também assistido a várias cenas de pilhagem e fogo posto.

No X, os Massive Attack partilharam um comunicado escrito pelo Runnymede Trust, think tank britânico que luta pela igualdade racial e direitos civis. “É isto que acontece quando se normaliza o racismo e a islamofobia”, pode ler-se.

O comunicado deixa ainda críticas a Keir Starmer, recentemente eleito Primeiro-Ministro do Reino Unido, e a Yvette Cooper, atual Ministra do Interior. “Recusam-se a chamar racismo ao que o é. Aquilo a que estamos a assistir é mais que ‘bandidagem’, é racismo violento”.

“Este é o resultado esperado de anos de islamofobia e racismo patrocinados pelo estado. Os muçulmanos, as pessoas de cor e os migrantes são bodes expiatórios para décadas de dificuldades económicas e falhanços políticos”, continua.

Recorde-se que os Massive Attack são um dos nomes presentes no cartaz do MEO Kalorama, atuando a 29 de agosto.