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"No other land", filme coletivo feito por ativistas e cineastas israelitas e palestinianos, sobre a ocupação de territórios palestinianos por Israel, conquistou Óscar de Melhor Documentário em Longa-Metragem.
O filme, realizado por dois israelitas e dois palestinianos, relata os esforços do exército israelita para demolir casas de cidadãos palestinianos numa zona do sul da Cisjordânia, conhecida como Masafer Yatta.
"Juntas as nossas vozes são mais fortes", disse um dos realizadores no discurso de aceitação, falando sobre o massacre de 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas, e também a devastação empreendida por Israel, em retaliação.
O documentário israelo-palestiniano não teve distribuidor nos Estados Unidos, tendo sido exibido apenas em cinemas selecionados de todo o país.
"Black Box Diaries", "Porcelain War", "Soundtrack to a Coup d'Etat" e "Sugarcane" estavam também nomeados para Melhor Documentário em Longa-Metragem.
O Óscar de Melhor Documentário em Curta-Metragem foi para "The Only Girl in the Orchestra", vencendo sobre "Death by Numbers", "I Am Ready, Warden", "Incident" e "Instruments of a Beating Heart".
O Óscar de Melhor Curta-Metragem em 'Live Action' foi para "I'm Not a Robot". Estavam também nomeados "Anuja", "A Lien", "The Last Ranger" e "The Man Who Could Not Remain Silent".
"Duna: Parte Dois" conquistou ós Óscares de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais, deixando para trás "A Complete Unknown", "Emilia Pérez", "Wicked" e "Robot Selvagem", no primeiro caso, e "Alien: Romulus", "Better Man", "O Reino do Planeta dos Macacos" e "Wicked", no segundo.
Antes da entrega do Óscar de Melhor Som, houve uma homenagem aos bombeiros de Los Angeles, na sequência dos incêndios, com a subida ao palco de comandantes de diferentes corporações.
A 97.ª edição dos Prémios da Academia decorre esta noite no Dolby Theatre, em Hollywood, com 52 filmes nomeados em 23 categorias.