Marco Paulo perdeu a vida, após uma longa batalha contra o cancro em outubro do ano passado, porém o cantor continua a estar sob os olhares da atenção mediática. Tudo por causa do testamento do artista que exclui a família como herdeira e coloca como únicos beneficiários Marco António (afilhado), António Coelho (compadre) e Eduardo Ferreira (bombeiro que o músico conheceu em 2021).
Ao longo dos últimos meses foram várias as notícias que saíram desencadeando várias polémicas a respeito do testamento de Marco Paulo, porém, nesta terça-feira, 21 de janeiro, Júlia Pinheiro quis ouvir a versão de Pedro Silva, um dos sobrinhos do cantor, que representou durante cerca de uma hora a opinião e os sentimentos de toda a família do artista.
Depois de uma longa conversa, em que a própria apresentadora da SIC lamentou e criticou a exposição pública da vida de Marco Paulo após a sua morte, eis que o 'grande' tema veio ao de cima. "Eu também não sei qual é [o património]", começou por referir Pedro Silva, destacando o facto de a família não ser, de facto, herdeira e de não terem conhecimento "de nada".
" Surpreendeu-nos muito em vários aspetos, no sentido de… Toda a família sempre teve uma ligação muito forte com o meu tio. Sempre fomos muito próximos. Nos momentos em que sabíamos que ele estava em momentos menos bons de doença ou outros que fosse, a família unia-se e estava lá. Estivemos sempre presentes, nunca houve chatices na família ", deixou a certeza Pedro Silva.
Primeira opinião sobre Marco Paulo? Júlia Pinheiro assume: "Hoje sei que era tudo uma defesa"
O sobrinho do cantor, cuja voz está imortalizada no panorama da música portuguesa, explicou ainda que a família não foi mencionada "em rigorosamente nada" — nem sequer em relação aos bens pessoais de Marco Paulo, entre eles fotografias de família e pertences de outras gerações da família. Mesmo assim, segundo as palavras de Pedro Silva, querem que "seja feita a vontade dele".
"Sempre foi [a nossa atitude] desde o primeiro minuto, mas pronto, ficamos surpresos. Nós temos a nossa vida, não estamos à espera de nada nem de ninguém", afirmou ainda o sobrinho do músico, excluindo qualquer interesse maior na herança do cantor, que será dividida, recorde-se, entre Marco António, António Coelho e Eduardo Ferreira.
Veracidade do testamento e processo contra Violante, comadre de Marco Paulo
Após a trágica notícia da morte de Marco Paulo, cujos últimos tempos foram de perceção para o cantor de que o 'fim' se estaria a aproximar', a família terá continuado a sua vida, lidando com o luto da perda de alguém que além de ter uma visibilidade pública tem, naturalmente, um lado pessoal e a ele aliado pessoas cujo sangue é o mesmo.
Bombeiro herdeiro revela vídeo único de Marco Paulo: "Podia falar muita coisa, mas..."
Acontece que uma 'bomba' cai entre a família depois de, de acordo com as palavras de Pedro Silva, Violante, mãe de Marco António e esposa de António Coelho, afilhado e compadre de Marco Paulo respetivamente, ter dado "uma entrevista a dizer que de facto a família tinha abandonado o Marco Paulo e mais uma série de coisas que constam na revista", expôs o sobrinho do artista.
"Acusaram-nos e aí a comunicação social começou a entrar em contacto connosco e as redes sociais encheram-se e foi a partir daí que começou todo este… tudo o que veio de resto foi despoletado por tal situação", explicou Pedro Silva, afirmando que após as declarações contactaram um advogado para que pudesse 'limpar' o nosso da família das acusações de que tinha sido alvo.
"Nós não falámos com ninguém, não impugnamos testamento nenhum, nós não pedimos nada a ninguém, acabámos de perder o nosso tio e o que se está a passar na imprensa e nas redes sociais é isto. O nome da família está a ser desonrado sem necessidade, sem motivo algum e sem qualquer sentido", recordou as palavras que partilhou com o advogado.
Além disso, nesse momento, a família decidiu pedir para que se confirmasse a veracidade do testamento legalmente uma vez que tudo o que tinham na sua posse era apenas um primeiro testamento que correspondia a "uma fotocópia escrita à mão". Ao que parece estava tudo conforme e a postura da família terá continuado a mesma: "Que fosse feita a vontade do nosso tio".
"Houve espanto. Estamos a ser crucificados" - Sobrinhos de Marco Paulo 'quebram silêncio'
" Nós nunca impugnamos nada, nunca pedimos nada a ninguém, nem ao nosso tio enquanto vivo. Nunca tivemos qualquer aproveitamento por sermos sobrinhos do Marco Paulo. Nós nunca pedimos rigorosamente nada ao nosso tio, fosse de cunhas para trabalho melhor, fosse o que fosse, fosse para melhorar a nossa vida, fosse qualquer tipo de coisa. Rigorosamente nenhum de nós nunca pediu nada, e nada é nada, ao nosso tio ", terminou, por fim, Pedro Silva.