O ator que se estreou em Morangos Com Açúcar, em 2003, dando vida a Rafa, uma das personagens mais memoráveis da primeira temporada da série que marcou gerações, não tem tido um percurso constante na representação como desejava.
Atualmente, Rodrigo Saraiva integra o elenco da série de suspense Algodão a Frio, para a RTP e levantou um pouco o véu sobre a sua personagem. “Não podendo revelar muito, chama-se Santos Milhões e é alguém com desígnios morais interessantíssimos, embora seja pouco ortodoxo na metodologia e, portanto, com o risco de não ser necessariamente bem compreendida à primeira, mas é daquele tipo de personagens que me deram a dar-lhe uma chance para ver o que é que revela mais à frente.”
Assim que lhe propuseram este personagem, Rodrigo Saraiva não hesitou. “Aceitei de imediato, sem pestanejar. Aliás, nem podia recusar, porque pessoas como eu esperam algum tempo para ter personagens com este sumo e, portanto, se eu a deixasse fugir para um outro ator que a agarrasse, eu era um grande pateta. Estou muito feliz com o personagem”, conta, revelando que: “ Eu vou trabalhando, ainda assim, mas eu fui gracejado a vida toda com personagens de relevo questionável. Não é o caso deste. Este é um bombom. E é uma personagem concebida para atores ferozes, para fazerem personagens inesquecíveis e eu creio ser o gajo certo para o papel. O ator feroz, sim. Não sei se o faço na altura, mas sim. “ Antes de estar a gravar esta série, Rodrigo Saraiva esteve mais ligado ao teatro, como explica o próprio. “Tenho feito teatro com fartura, com o Teatro da Terra, encaminhado pela Maria João Luís, como encenadora. Estou envolvido num outro projeto com a RTP, para março e abril, mas também não posso revelar, mas tenho-me estado a mexer-me, curiosamente. Novelas não tenho feito. É um mercado com escolhas viciadas, às vezes.”
Questionado se está desiludido com a falta de oportunidade, o ator é irónico e responde que: “ Não, nada. Tenho o maior fairplay do mundo. Eu não estou nos sítios certos, às horas certas, nem digo as coisas certas às pessoas certas, portanto esta é a consequência natural de ter alguma integridade. Está tudo certo.”
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TV 7 DIASTexto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Zito Colaço