Desde o dia 27 de janeiro que podemos ver Ricardo Pereira a 'dar vida' a 'Vicente Viana', no novo projeto de ficção da SIC, A Herança. O personagem, que eleva o ator a um dos protagonistas, juntamente com Patrícia Tavares, destaca-se por ser o grande vilão de toda a narrativa. Mas, afinal, como é viver lado a lado com um papel cujas caraterísticas exaltam a vilania?
Esta foi uma das questões feitas pelo site Fama Show ao ator no dia aberto da SP Televisão, no passado mês de janeiro. "Enquanto fazes uma novela, não podes estar longe do teu personagem", começou por esclarecer Ricardo Pereira. "Isso fica claro", deixou ainda a garantia, assumindo que inevitavelmente transporta consigo diariamente 'Vicente'.
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"Tu levas coisas, tu sais daqui, ao fim de principalmente uma novela, gravas muitas cenas por dia, naturalmente tens que filtrar e desligar às vezes demora, até porque chegas a casa, tens que reler", explicou logo de seguida. "Num projeto de ficção não tens outra hipótese mesmo. E principalmente quando fazes um dos papéis principais é quase 24 sobre 7 com personagem…".
No caso de Ricardo Pereira, que interpreta um personagem "cheio de nuances, de uma composição grande, muito dissimulado", tal leva a que tenha de "fazer coisas completamente diferentes e distantes disto" a bem, também, da sua saúde mental. Quando questionado sobre os métodos que utiliza para esse afastamento, o ator não teve problemas em esclarecer.
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"Cuidar de um jardim, dar uma volta, veres o mar… A natureza ajuda muito a tu distanciares-te um bocadinho disto. Fazeres atividades com crianças, com os filhos, acho que também te distancia bastante; fazeres desporto acho que também, mas é inevitável tu viveres e pensares constantemente na personagem, até porque a novela não é gravada de forma contínua", contou ainda ao site Fama Show.
Em entrevista, Ricardo Pereira confessou que toda esta logística acaba por ser "uma demanda e um trabalho gigante" que só pode ser facilitado quando os atores têm ao seu lado "uma equipa extraordinária" com uma "direção de atores que ajuda". Mesmo assim, segundo as suas palavras, "há um trabalho que tem que ser teu e tens que o fazer. Não há outra hipótese", concluiu, por fim.