A propagação da gripe aviária, vulgarmente designada por gripe das aves, continua a suscitar preocupações a governos e na indústria agrícola, depois de ter devastado bandos em todo o mundo nos últimos anos, perturbando o abastecimento, aumentando os preços e o risco de transmissão humana.

E o mais recente, de acordo com dados avançados pela Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH) à agência Reuters, foi detetado na região de Lisboa.

“O vírus H5N1 foi detetado num bando de 55.427 aves de capoeira na aldeia de São João das Lampas, no distrito de Lisboa, causando a morte de 279 aves”, revela a organização.

Este alerta da WOAH surge depois de no passado dia 3, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) ter emitido um comunicado onde diz que “foi confirmado um foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa”.

“As medidas de controlo e erradicação do foco foram de imediato implementadas pelos serviços da DGAV, (…). Estas ações incluem a inspeção ao local onde a doença foi detetada, a eliminação dos animais afetados, a limpeza e desinfeção das instalações, a restrição da movimentação e a vigilância das explorações com aves situadas nas zonas de restrição, num raio de até 10 km em redor do foco”, esclarece a DGAV.

Face a esta situação, a DGAV apelou “a todos os detentores de aves” para o cumprimento rigoroso das “medidas de biossegurança e as boas práticas de produção avícola”, designadamente “evitar contactos diretos ou indiretos entre aves domésticas e aves selvagens, reforçar os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, e aplicar um controlo rigoroso dos acessos aos estabelecimentos onde as aves são mantidas”.