Quatro das cinco estudantes do grupo 'Fim ao Fóssil' que bloquearam a entrada do Ministério da Saúde, em maio, foram hoje condenadas pelo crime de desobediência a uma multa de 495 euros.
O tribunal absolveu uma das estudantes, Matilde Ventura, da acusação de ser a promotora da manifestação ilegal no Ministério da Saúde, mas condenou as restantes quatro, Jéssica Silva, Joana Fraga, Ideal e Gon, que esclareceram, numa nota à Agência Lusa, a intenção de converter as multas em trabalho comunitário em associações do movimento social.
As estudantes anunciaram, ainda, que no próximo dia 13, sexta-feira, vão entregar ao Governo uma 'Carta de Estudantes pelo Fim ao Fóssil até 2030'.
Em solidariedade com as cinco estudantes, os movimentos Greve Climática Estudantil e o Coletivo pela Libertação da Palestina convocaram uma vigília de apoio para esta manhã à porta do tribunal, em Lisboa.
As estudantes estavam acusadas de terem bloqueado a entrada do edifício do Ministério da Saúde. O protesto tinha como objetivo reivindicar o fim dos combustíveis fósseis até 2030, alertar que a crise climática é uma crise de saúde pública e acusar o Ministério da Saúde de "inação".
O protesto inseriu-se na "Primavera Estudantil pelo Fim ao Fóssil", uma onda de ações direcionadas às instituições que os jovens do movimento acusam "estar a falhar" no combate às alterações climáticas.