A decisão de reabrir os Passadiços do Paiva a visitas foi tomada esta sexta-feira após avaliação de segurança realizada por tecnicos da Câmara Municipal de Arouca. Com condicionamentos devido aos fogos que destruiram cerca de 2 km da estrutura em madeira, afetando o primeiro troço, entre a escadaria da Ponte de Alvarenga e a Ponte Suspensa 516 Arouca, os premiados passadiços reabriram na manhã deste sábado.
Para já, é possível percorrer apenas o troço Espiunca-Vau, explicita a página oficial dos Passadicos do Paiva, esclarecendo que o acesso é feito exclusivamente pela Espiunca, pelo que é obrigatório realizar o trajeto de regresso ao ponto de partida. O troço agora aberto ao público tem cerca de 4 km, ou seja praticamente metade do total dos passadiços que é 8,7 km.
O restante trajeto ao longo das escarpas na margem do rio Paiva manter-se-á encerrado durante alguns meses, até reparação integral dos cerca de 2 km destruídos pelo fogo, área em que se inclui a escadaria com 450 degraus a partir da Praia Fluvial do Areínho.
O acesso aos Passadiços do Paiva custa €1, adquirido online, ou €2, caso seja comprado no local e está sujeito a disponibilidade, uma vez que existe uma lotação máxima de visitantes. Segundo informação dos promotores dos Passadiços do Paiva, quem pretender efetuar pagamentos em numerário apenas o poderá fazer na Loja Interativa de Turismo de Arouca. Na entrada do equipamento, na Espiunca, apenas está disponível pagamento por cartão bancário.
As estruturas afetadas vão ser alvo de intervenções de requalificação em breve, adiantou a presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, ao “Jornal de Notícias”. “Já estamos a receber orçamentos”, declarou a autarca. Refira-se que o incêndio que entre 17 e 19 de setembro consumiu quase 20% do município de Arouca causou pelo menos 5,3 milhões de euros em prejuízos e, desses, 350.000 referem-se apenas aos Passadiços do Paiva, revelou a autarquia.
Distinguida seis anos consecutivos no âmbito dos World Travel Awards como a “Melhor Atração de Turismo de Aventura do Mundo”, os Passadiços do Paiva já tinha sido parcialmente destruídos por incêndios em 2015 e 2016.