“Vamos ter uma nova vida, um Velho Eurico versão 3.0, com uma melhor oferta, maior fluidez e uma nova cozinha, que vai permitir continuar a inovar, dentro da tradição”. Quem o garante é o chef Zé Paulo Rocha, que assegura ainda que “apesar das mudanças, o espírito de tasca tradicional vai-se manter, com um chão novo, típico da tascas dos anos 80, uma nova decoração, e com paredes limpas, para que os clientes possam continuar a escrever mensagens e a construírem a decoração, como faziam até aqui”.

No Largo de São Cristóvão, em Lisboa, O Velho Eurico renasceu em 2019, depois de Zé Paulo Rocha adquirir a Eurico Casa de Pasto, com a imposição da manutenção do nome, e servir comida tradicional. Tornou-se num fenómeno de popularidade durante a pandemia com o serviço de take-away de proximidade, que consolidou quando voltou a abrir portas. O sucesso, avançou o chef ao Boa Cama Boa Mesa no Guia “20 chefs que vão dar que falar”, que foi lançado pelo Expresso para comemorar os 20 anos do Boa Cama Boa Mesa, deve-se ao facto de “oferecemos comida genuína e tradicional, muitas vezes “inspirada” nas receitas de Maria de Lurdes Modesto”. Servia, antes do encerramento, uma média de 250 refeições diárias, o que lhe conferiu um estatuto único na cidade.

“Vou [a partir de março], fazer coisas que não podia fazer até agora, devido às limitações da cozinha”, adianta, prometendo ainda que “vou trabalhar a ementa para melhorar a oferta, mantendo os ideais de servir a tradição da gastronomia portuguesa”. Zé Paulo Rocha, cauteloso, diz que “vou dar um passinho em frente e evoluir gradualmente a oferta, mantendo a tradição e a aposta na cozinha tradicional”. Em setembro de 2023 já perspetivava estas mudanças, tendo nessa data anunciado ao Boa Cama Boa Mesa que pensava em ter “um espaço diferente, com melhores condições, um serviço mais intimista, mas mais ambicioso. Será aí que vou começar a arriscar um bocadinho mais”.

O Velho Eurico
O Velho Eurico Expresso

No Guia Boa Cama Boa Mesa 2024 pode ler-se que n’O Velho Eurico (Largo São Cristóvão, 3, Lisboa): “A fila constante à porta aconselha reserva prévia. Mensagens de quem já por lá passou decoram as paredes das duas salas, de ambiente vibrante e informal. Nesta casa todos fazem questão de pôr a mão na massa e, consoante o dia, a equipa alterna entre a cozinha e a sala. A oferta de pratos pensados para a partilha muda a cada três meses, mas pode contar com especialidades como “Bacalhau à Brás”, “Pastel de massa tenra de leitão” ou “Ervilhas com ovos”. Termine com o “Pudim de pão” (Preço médio: €25).

Será expectável que a procura, depois da remodelação, “se mantenha ou até aumente”, deseja Zé Paulo Rocha.

O Velho Eurico
O Velho Eurico Expresso

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