Foi graças à 4.ª caminhada Caldo d’Avó, que se realizou no último domingo, dia 19 de janeiro, que se ficou a saber que a famosa ponte de arame em Lourido já estava pronta a ser atravessada, após cerca de dois anos de obras de requalificação e reforço. Com 55 metros de extensão sobre o rio Tâmega, a ponte une os municípios de Celorico de Basto e Amarante, mais precisamente as freguesias de Rebordelo e Arnoia, no lugar de Lourido.
Ainda sem data divulgada para a inauguração oficial, a renovada ponte de arame já está a gerar grande entusiasmo e a atrair as atenções para esta zona do território. A abertura ainda esteve prevista para o verão de 2024, mas as obras só terminaram no final do ano. Segundo a Associação de Municípios do Douro e Tâmega (AMDT), responsável pelas obras de requalificação, a reabertura da travessia da Ponte de Arame do Lourido, pretende “preservar, dentro do permitido pelo estado de conservação atual da obra, a memória histórica” e, ao mesmo tempo, “tornar-se um ícone turístico, com uma envolvência paisagística que vai atrair muitos visitantes e amantes da natureza, bem como os que gostam de percorrer a Ecopista do Tâmega”, descreve a AMDT.
Edificada em 1926, mas com registos de passagem que remontam ao século XIX, a ponte, com pavimento em madeira, tem apenas 2,5 metros de largura e 55 de extensão entre as duas margens do Tâmega. Segundo a Direção-Geral do Património Cultural, o acesso é feito, tanto pelo lugar de Lourido (margem direita), como por Rebordelo (margem esquerda). Explica-se ainda que “partindo de Lourido (freguesia de Arnoia), junto à estação dos caminhos de ferro da extinta Linha do Tâmega, uma placa, Ponte de Arame, à esquerda, passando pela capelinha, escola primária no acesso empedrado à Quinta da Escomoeira; a estrada rural, tanto empedrada como em terra, entre vinha cultivada e também na floresta, até à altitude mais baixa do percurso; partindo da freguesia de Rebordelo, por um trilho rural íngreme na floresta desce-se pela margem do Tâmega”.
Já a Associação de Municípios do Douro e Tâmega reforça a “complementaridade criada entre este projeto e os dois projetos âncora dos Municípios de Amarante e Celorico de Basto, "Valorização do cluster turístico das serras do Marão e da Aboboreira" e "Ecopista do Tâmega - 2.ª fase", respetivamente, cuja área de intervenção são as serras do Marão e a Aboboreira e a Ecopista do Tâmega. As obras de obras de requalificação e reforço resultam de um investimento global de 324 mil euros.