A reportagem multimédia “Como uma estrada pode rasgar o coração da Amazónia”, de Micael Pereira, José Cedovim Pinto e Alberto César Araújo, publicada no Expresso em junho de 2023, venceu a terceira edição dos Prémios Fundação Mestre Casais/CEiiA de Jornalismo para a Sustentabilidade, na categoria de jornalismo digital.

O trabalho é uma investigação sobre uma estrada de quase 900 quilómetros de extensão construída durante a ditadura militar brasileira, na década de 1970, e engolida pela selva menos de 20 anos depois, que sucessivos governos têm tentado reconstruir, ameaçando uma área de 300 mil quilómetros quadrados no coração ainda bem preservado da Amazónia.

A jornalista do Expresso Christiana Martins ganhou o segundo lugar na categoria de televisão, com uma grande reportagem sobre a mineração ilegal de ouro no rio Madeira, na Amazónia, “Ouro sujo”, produzida para a SIC com o repórter de imagem José Silva e com Rui Berton, Diana Matias e Pedro Morais.

Ambos os trabalhos — sobre a estrada e sobre a mineração de ouro — fazem parte do Projeto Bruno e Dom, uma investigação coordenada pelo consórcio Forbidden Stories e foram financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Dom Phillips, um jornalista britânico a residir no Brasil, e Bruno Pereira, um especialista em povos indígenas da Amazónia, foram assassinados numa área remota junto à fronteira com o Peru no dia 5 de junho de 2022.

Na categoria de televisão, o primeiro lugar dos Prémios Fundação Mestre Casais/CEiiA de Jornalismo para a Sustentabilidade foi para outra grande reportagem da SIC, "O que vamos vestir amanhã”, de Miriam Alves, Rogério Esteves, Rui Berton, Diana Matias e Patrícia Reis.

Na categoria de imprensa, o primeiro lugar foi para o trabalho “Árvores monumentais: as histórias de três gigantes verdes em Portugal”, de Aline Flor e Tiago Bernardo Lopes, e o segundo lugar premiou uma peça publicada na Notícias Magazine por Ana Tulha e Reinaldo Rodrigues, “O deserto não está tão longe assim”.

Na categoria de rádio, foram premiadas, ex-aequo, uma reportagem de Cristina Lai Men, da TSF, “Comboio de bicicletas alargado a mais escolas”, e “Mar de todos nós”, de Lília Almeida e Tiago Matias, da RDP Açores.

Ainda na categoria digital, o segundo lugar foi atribuído a um documentário produzido pelo Público, “Erosão costeira: e se daqui a uns anos a nossa praia já não estiver lá?”, de Tiago Bernardo Lopes, Aline Flor, Andréia Azevedo Soares, Clara Barata, Nicolau Ferreira, Patrícia Carvalho e Renata Mendes.