O presidente do Chega, André Ventura, mantém o que disse sobre Eduardo Ferro Rodrigues, depois de este anunciar que poderá processar o presidente do Chega por difamação. Ventura sublinha que o socialista é dos piores exemplos no PS para comentar o caso de Nuno Pardal, o deputado municipal do Chega acusado de prostituição de menores. “É um dos piores exemplos no Partido Socialista para falar sobre esta matéria”, afirma o presidente do Chega.

Aos jornalistas, à margem de um encontro em Madrid dos Patriotas pela Europa, o terceiro maior grupo no Parlamento Europeu, que agrega vários partidos de direita radical europeia, Ventura acusa o PS de ter protegido “aqueles que eram acusados de pedofilia” e Ferro Rodrigues, na altura do processo Casa Pia.

Ferro Rodrigues admite processar André Ventura

O antigo secretário-geral socialista Ferro Rodrigues acusou, na quinta-feira, André Ventura de calúnia e cobardia ao mencionar o seu nome quando procurou justificar o caso do “vice" do Chega/Lisboa Nuno Pardal, acusado de crimes de prostituição de menores.

Após se saber queNuno Pardal Ribeiro fora acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores, o presidente do Chega declarou que “outros” protegeram no passado Ferro Rodrigues e o antigo porta-voz do PS Paulo Pedroso.

Numa nota enviada à agência Lusa, Ferro Rodrigues afirma que a referência ao seu nome “pelo deputado André Ventura” se tratou de “uma demonstração de cobardia pessoal”.

Ainda segundo Ferro Rodrigues, o facto de o presidente do Chega ter mencionado o seu nome constituiu também “uma provocação política e uma tentativa de desviar as atenções que agora estão concentradas na sua teia populista”.