O número de mortos nos “intensos ataques israelitas” no sul do Líbano subiu de 50 para 100, enquanto o de feridos aumentou de 300 para 400, indicou o Ministério da Saúde libanês, salvaguardando tratarem-se de números provisórios.
Segundo o ministério, trata-se do maior número de mortos em quase um ano de violência.
“Os ataques israelitas em localidades e aldeias do sul deixaram 100 mortos e mais de 400 feridos”, incluindo crianças, mulheres e equipas de resgate, afirmou o ministério num comunicado. Um relatório anterior relatou 50 mortes.
O exército israelita disse ter alvejado hoje mais de 300 posições do Hezbollah no Líbano, onde o movimento islâmico dispara foguetes contra o território de Israel em apoio ao Hamas palestiniano em guerra contra Israel na Faixa de Gaza.
O exército israelita anunciou os ataques na rede social X, publicando uma fotografia do chefe militar, tenente-general Herzi Halevi, a aprovar ataques adicionais a partir do quartel-general militar em Telavive.
Israel ameaça novos ataques de “grande escala” no Líbano
O exército israelita ameaçou ainda com novos ataques “de grande escala” no leste do Líbano e pediu aos residentes no Vale de Bekaa que se afastem dos locais onde o movimento xiita libanês Hezbollah tem armas armazenadas.
“Estamos a preparar-nos para um ataque direcionado em grande escala no Vale de Bekaa”, disse o porta-voz do Exército, contra-almirante Daniel Hagari, numa conferência de imprensa, acrescentando que os moradores têm de se afastar dos locais do Hezbollah “para sua própria segurança”.
Entretanto, segundo fontes libanesas referiram à AFP, centenas de famílias do sul do Líbano estão a fugir dos bombardeamentos israelitas.
É uma das mais intensas barragens de ataques aéreos em quase um ano de luta contra o Hezbollah.
Halevi e outros líderes israelitas prometeram ações mais duras contra o Hezbollah nos próximos dias. O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza há quase um ano, que já matou mais de 41 mil pessoas, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Este clima de confronto tem aumentado os receios de uma guerra em grande escala no Médio Oriente.