Cerca de 57 mil pessoas foram afetadas pelas inundações que atingiram esta semana o sul e o oeste da Polónia e que já provocaram sete mortes, segundo as primeiras estimativas do Governo divulgadas neste sábado.
O estado de emergência declarado em vários municípios abrange 2,3 milhões de habitantes, mas, destes, 57 mil sofreram efetivamente o impacto das inundações, anunciou em Wroclaw (oeste) o chefe de diplomacia do primeiro-ministro, Jan Grabiec.
Cerca de 6.544 pessoas foram evacuadas das suas casas.
Estima-se que 11.500 edifícios tenham sofrido danos, incluindo 724 edifícios públicos como escolas, centros desportivos ou sedes administrativas.
Na zona da Baixa Silésia (sudoeste), a mais afetada do país, estima-se que os danos materiais já ascendam a quatro mil milhões de zlotys (cerca de 935 milhões de euros).
Em Opole (sul) a estimativa preliminar aponta para 388 milhões de zlotys (90 milhões de euros) em danos, enquanto as regiões da Silésia, Baixa Polónia (sul) e Lubusz (oeste) reportaram montantes menores, mas o impacto das inundações não foi ainda totalmente quantificado.
O primeiro-ministro, Donald Tusk, reuniu-se hoje, em Wroclaw (oeste), com os governadores das regiões afetadas e prometeu-lhes que será atribuído financiamento para ajudar na reconstrução.
Embora a situação tenha melhorado em algumas zonas, o rio Oder, também conhecido como Odra e que atravessa a fronteira da Polónia com a Alemanha a oeste, deverá continuar a subir.
Poderá mesmo atingir o seu nível máximo na quinta-feira.
Esta semana, o Governo polaco declarou pela primeira vez na história o estado de emergência devido a uma catástrofe natural em parte de Opole, Silésia e Baixa Silésia para fazer face às inundações causadas pela tempestade Boris.
Na quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, visitou Wroclaw e prometeu mobilizar 10 mil milhões de euros de fundos de coesão para a Polónia e os restantes países afetados.