O deputado Francisco Gomes criticou a proposta eleitoral do Bloco de Esquerda de conceder o direito de voto a todas as pessoas que possuam título de residência em Portugal, mesmo na ausência de acordos de reciprocidade com os países de origem.

Para o parlamentar, conforme dá nota à imprensa, trata-se de uma proposta inaceitável e que representa uma tentativa daquele partido para manipular o sistema democrático português a favor dos seus interesses.

“O direito de voto é um direito de cidadania – e a cidadania não é um par de calças ou uma camisa para ser dada ou vendida a todos os que venham para Portugal por conveniência. A cidadania representa uma herança cultural e civilizacional de um país com quase mil anos de história. Isso exige respeito!” Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República

É entendimento do deputado do Chega que a proposta do Bloco não passa de uma tentativa para, perante o que entende ser a perda de apoio entre os eleitores portugueses, “criar um novo eleitorado” que seja mais receptivo “à agenda ideológica bloquista”.

“Agora percebemos o interesse do Bloco nas questões dos imigrantes e a sua defesa obstinada de que se dê tudo a todos, sempre à custa dos portugueses que trabalham e pagam os seus impostos. Não é por humanismo, nem caridade, como dizem, mas por pura ganância eleitoral!”, adianta o parlamentar madeirense, que volta a encabeçar a lista do Chega Madeira às 'Nacionais' de 18 de Maio.

Gomes sublinhou que, para o Chega, todos os imigrantes são bem-vindos em Portugal, desde que venham por bem, com respeito pelas regras, pela cultura e com vontade de trabalhar honestamente. “Os que vêm com má-fé, para cometer crimes ou para viver à custa de quem trabalha não devem vir, pois não trazem nada de bom ao país”, rematou.