O Comando Conjunto dos Chefes de Estado-Maior (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul disse ter detetado que o Norte disparou vários mísseis balísticos de curto alcance a partir do norte da capital, Pyongyang, por volta das 06:50 (22:50 de terça-feira em Lisboa) e disse que os projéteis voaram para nordeste.

Os responsáveis do JCS disseram que estavam a comunicar estreitamente com os Estados Unidos e o Japão sobre os lançamentos, mas não forneceram mais detalhes até ao momento.

O Ministério da Defesa do Japão disse ter detetado pelo menos dois lançamentos, mas não disse ainda que tipos de mísseis eram e que distância percorreram.

A guarda costeira japonesa disse acreditar que os mísseis já tenham caído nas águas entre a península coreana e o Japão, mas instou os navios a estarem atentos à possível queda de objetos.

A televisão pública japonesa NHK disse os mísseis deverão ter caído fora da zona económica exclusiva do Japão.

A Coreia do Norte anunciou ter testado, na quinta-feira passada, lançadores múltiplos de foguetes de 600 milímetros, que o regime descreve como capazes de lançar ogivas nucleares táticas.

No dia seguinte, o regime de Pyongyang divulgou imagens de instalações de enriquecimento de urânio, durante uma visita do líder Kim Jong--un, que pediu um aumento do número de armas nucleares.

Kim "sublinhou a necessidade de aumentar ainda mais o número de centrifugadoras, de forma a aumentar exponencialmente as armas nucleares para autodefesa", avançou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

Foi a primeira vez que Pyongyang divulgou imagens de uma instalação de enriquecimento de urânio desde 2010.

Há duas semanas, a Coreia do Norte retomou a prática de lançar balões com lixo para a Coreia do Sul. Pyongyang já enviou quase cinco mil balões para o Sul desde maio.

Desde 2022 que a Coreia do Norte tem acelerado de forma significativa as suas atividades de teste de armas, com o objetivo de as aperfeiçoar e capacitar para atacar os EUA e a Coreia do Sul.

Os EUA e a Coreia do Sul responderam com a expansão das manobras militares conjuntas, que a Coreia do Norte considera serem ensaios para ser invadida.

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