
Depois de José Manuel Rodrigues e de Gonçalo Maia Camelo, o presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, votou na mesma escola na freguesia de São Martinho, no Funchal, onde se mostrou “otimista” e, sem querer aprofundar os seus comentários ou fazer “prognósticos”, espera que a noite seja “tranquila”.
Antes de votar, Albuquerque defendeu que a abstenção “real” na Madeira não é significativa, dado o grande número de madeirenses que vivem fora da Região Autónoma, e que “as pessoas participam com grande regularidade nas eleições”. Contudo, não deixou de dizer que as várias idas às urnas - esta é a terceira em 18 meses - é “mau para a democracia, é óbvio que as pessoas estão cansadas”, mas afirmou ter deduzido da campanha que “as pessoas estão dispostas a resolver essa instabilidade”.
“É preciso aproveitar a democracia. A gente só dá valor às coisas que perdemos. O povo é que determina quem governa”, acrescentou ainda o cabeça de lista do PSD-Madeira, elogiando que o dia de hoje é um reflexo de “um regime excecional”. “Não há nenhum regime perfeito, mas a democracia pluralista é a melhor”, vincou.
São Martinho, onde votaram Albuquerque, Rodrigues e Maia Camelo, calha de ser uma das freguesias mais importantes para as contas finais nestas eleições legislativas regionais antecipadas, por ser a que tem mais habitantes (e, por consequência, mais eleitores) em toda a Região Autónoma da Madeira. É também uma das zonas mais ricas da ilha, onde se encontra a maior concentração de hotéis de luxo da região.