A partir de segunda-feira e durante três dias, a Alfândega do Porto vai ser palco da segunda edição do Fórum Global Escolas 2030, dedicada este ano aos temas relacionados com a inclusão, equidade e pluralismo nas escolas e nas sociedades.

O encontro vai reunir professores, especialistas e estudantes de cerca de 20 países, além de decisores políticos e representantes de dezenas de organizações não-governamentais.

A iniciativa do Programa Escolas 2030, um programa de educação da Fundação Aga Khan que abrange mais de mil escolas em dez países, foi lançada no ano passado em Dar es Salaam, na Tanzânia, com o propósito de "criar um espaço para a comunidade global ligada ao ensino repensar coletivamente o futuro da educação".

É isso que vai acontecer até quarta-feira no Porto, através de um programa que conta com três grandes painéis de discussão sobre como promover um ensino mais inclusivo, equitativo e plural nos primeiros anos da escolaridade e através dos sistemas de ensino, além de oportunidades igualmente inclusivas, equitativas e plurais para os jovens.

Além de paínéis de debate, em que irão intervir governantes de diferentes países e representantes de organizações como a UNICEF e Fundação Aga Khan, os três dias são também preenchidos por mais de 20 'workshops' e outros debates.

Entre os principais assuntos, vão discutir-se temas como o papel dos professores na inclusão, a importância de diferentes práticas pedagógicas, a educação inclusiva, o papel da sociedade civil, a participação ativa dos jovens, igualdade de género e a crise climática.

Em represnetação de Portugal está prevista a participação do ministro da Educação, João Costa, da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e da secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

Vão ainda participar investigadores das universidades do Algarve, Porto e Católica do Porto, mas também alunos da Escola Básica do Vale de São Torcato, Guimarães, e docentes dos agrupamentos de escolas do Algueirão, e Ferreira de Castro, ambas em Sintra, que participam no programa Escolas230.

O programa foi criado há 10 anos com o objetivo de apoiar professores e alunos a definir e implementar pequenas inovações educativas, mas com impacto no sistema de educação, de forma a melhorar os resultados holísticos da aprendizagem dos alunos.

No Fórum, os alunos vão participar num 'workshop' sobre como os preconceitos pessoais afetam a aprendizagem e bem-estar, enquanto os professores discutem inovações no pré-escolar e o porquê de algumas politicas de inclusão de alunos com deficiência serem ineficazes.

 

MYCA // JMR

Lusa/Fim