"Afirmo claramente que não deverá haver uma ação militar no Líbano que se assemelhe a Gaza e em que o resultado se assemelhe a Gaza", disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller.

Numa declaração na terça-feira em que apelou diretamente aos libaneses para "libertarem o país do Hezbollah", Netanyahu ameaçou a população libanesa com "uma longa guerra que trará destruição e sofrimento semelhantes ao que se vê em Gaza".

"Têm a oportunidade de salvar o Líbano antes que caia no abismo", disse, garantindo que se o país se libertar do movimento pró-Irão, a guerra, que fez até agora mais de 2.100 mortos do lado libanês, poderá terminar.

O líder hebreu defendeu que é o Irão, e não Israel, que ocupa o Líbano enviando armas para o Hezbollah para servir os seus interesses.

Israel abandonou o sul do Líbano em 2000, após uma ocupação de 18 anos -- as tropas chegaram ao sul de Beirute -- e que desde 1983 se situa na faixa sul do rio Awali.

O número de mortos nos ataques israelitas num ano contra o Líbano ultrapassou os 2.100, a maioria nas últimas duas semanas da intensa campanha de bombardeamentos contra o país, segundo fontes oficiais.

Após ter enfraquecido o Hamas numa ofensiva em Gaza em represália pelo ataque do grupo palestiniano em 07 de outubro de 2023, Israel transferiu a maior parte das operações contra o Hezbollah no vizinho Líbano em meados de setembro.

O exército israelita afirmou hoje que destruiu 100 alvos do Hezbollah nas últimas 24 horas.

Disse também que desmantelou plataformas de lançamento de foguetes e eliminou elementos do Hezbollah "em combate próximo e ataques aéreos".

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