Segundo um repositório disponibilizado pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) com as projeções macroeconómicas e orçamentais para a economia portuguesa das seis principais instituições, a média, atualmente, é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7%, o que é abaixo da previsão do Governo, de 1,8%.

Já para o próximo ano, a média das previsões para a economia portuguesa é de um crescimento de 2,1%, acima da estimativa das Finanças, que é de 2%.

Estas médias já incluem o mais recente boletim do Banco de Portugal (BdP), que aponta para um crescimento de 1,7% este ano e 2,2% no próximo.

Por outro lado, no que diz respeito ao saldo orçamental, as instituições estão mais otimistas este ano, prevendo um excedente de 0,5% do PIB, enquanto no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) se estima que seja de 0,4%.

Todas as instituições estimam um excedente este ano: o CFP é o mais otimista, apontando para 0,7%, seguido pelos 0,6% estimados pelo Banco de Portugal. Já a OCDE iguala as estimativas do Ministério das Finanças, de 0,4%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta para 0,2%.

Em 2025, o BdP é o único que aponta para um défice, de 0,1% do PIB. Comissão Europeia e CFP são os mais otimistas, de 0,4%, a OCDE volta a alinhar com as Finanças em 0,3% e o FMI projeta 0,2%.

Olhando para o histórico dos últimos dois anos, entre as instituições internacionais, OCDE e Bruxelas são as mais pessimistas nas previsões para o crescimento económico, enquanto o FMI oscila junto à média. Já nos organismos nacionais, o Banco de Portugal mostrou-se várias vezes o mais otimista e o CFP costuma rondar a média.

Para o saldo orçamental, o FMI foi sempre o mais pessimista, enquanto a Comissão Europeia e a OCDE se encontram junto à média.

O Banco de Portugal, desde que começou a divulgar previsões para o saldo orçamental, esteve praticamente sempre mais otimista que a média, mas no último boletim, de dezembro, tornou-se a única instituição a prever um défice orçamental para 2025, de 0,1% do PIB. A média das projeções das instituições ficou, assim, mais baixa e aponta agora para um excedente de 0,2%, enquanto o Governo prevê que seja de 0,3%.

Quanto à evolução da economia em 2024, o Instituto Nacional de Estatística divulga esta segunda-feira as contas nacionais trimestrais, que confirmam (ou não) a estimativa rápida de um crescimento do PIB de 0,2% em cadeia e 1,9% em termos homólogos no terceiro trimestre, revelando também o excedente nos primeiros nove meses do ano.

MES // MSF

Lusa/Fim