
O socialista Ferro Rodrigues, em entrevista à Renascença e ao "Público", admite a possibilidade de um acordo de bloco central. E alerta para os potenciais riscos de a discussão política se centrar no denominado “caso Spinumviva”.
Segundo Ferro Rodrigues, o país poderá estar a caminhar para uma “situação limite”, uma conjuntura - em termos nacionais, mas também internacionais - que poderá justificar a necessidade de um entendimento entre os dois maiores partidos portugueses.
"Quando começarem a chegar à mesa dos portugueses estas tarifas extraordinárias, no sentido negativo, do Presidente Trump, as pessoas vão começar a perceber que os tempos estão a mudar e que é necessário também que os políticos aprendam alguma coisa e que tenham juízo. Portanto, não fomentem crises desnecessárias".
Sobre a prestação de Pedro Nuno Santos na pré-campanha e as hipóteses de vitória nas eleições, foi comedido: "Uma das funções políticas mais difíceis que há em Portugal é ser-se o principal responsável do principal partido da oposição. Em Portugal, em 95% dos casos, os primeiros-ministros não perdem eleições. Há uma tendência de o eleitorado se habituar a uma determinada cara e tem dificuldade em mudar porque não sabe exactamente o que é que vai acontecer a seguir. A necessidade de dar confiança aos eleitores é uma questão fundamental para todos os líderes da oposição".