Marcelo Rebelo de Sousa falava perante o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, durante um encontro com representantes da comunidade portuguesa, no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, no Recife.

"Eu tinha aqui uma coisa escrita, mas não sei se o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros me autoriza a dizer, mas eu acho que isto foi aprovado. Puseram-me aqui que há a ideia de criar mais sete consulados, dos quais cinco no Brasil", declarou o chefe de Estado. 

Dirigindo-se a Paulo Rangel, Marcelo Rebelo de Sousa perguntou: "Posso dizer ou é melhor não dizer?".

O Presidente da República interpretou a resposta do ministro como um "assim-assim" e prosseguiu: "E, eventualmente, um no Recife. Pronto, quer dizer, já não há silêncio". 

O chefe de Estado considerou que as suas palavras se enquadravam na "cooperação institucional" e referiu estar convencido de que "isto foi discutido no parlamento". 

"Bom, é importante, mas bem merece. Só quer dizer que temos um Ministério de Negócios Estrangeiros muito atento àquilo que se passa", elogiou.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao Recife no domingo, para uma visita oficial ao Brasil, a convite do Presidente Lula da Silva, que o receberá na terça-feira no Palácio do Planalto, em Brasília.

Pela parte do Governo, está acompanhado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. Não se tratando, na classificação da Presidência da República Portuguesa, de uma visita de Estado, a comitiva não inclui deputados.

Na quarta-feira, dia em que chefe de Estado estará de regresso a Portugal, será o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a reunir-se com Lula da Silva, durante a 14.ª Cimeira Luso-Brasileira, à qual levará 11 dos 17 ministros do Governo PSD/CDS-PP, seguindo depois de Brasília para São Paulo, para um fórum económico.

IEL // RBF

Lusa/Fim