Trata-se de um grupo de pessoas que reside no bairro Mecuti e em condições descritas como vulneráveis, segundo Momade Ali, administrador do distrito da Ilha de Moçambique, citado hoje pelo diário Notícias.
"Um levantamento foi feito pelas autoridades e foi apurado que há agregados familiares com mais de 15 pessoas a partilharem o mesmo espaço, sendo que grande parte destes não têm espaços para construção de latrinas e acaba por recorrer às praias", lê-se no jornal Notícias, que cita Momade Ali.
A fonte esclareceu que o espaço que vai abranger estas pessoas no continente já foi escolhido, no âmbito do plano de reconstrução desenhado pelo Governo após a passagem do Gombe.
O ciclone Gombe, que atingiu o centro e norte de Moçambique em março, provocou a morte de mais de 60 pessoas e destruiu total e parcialmente 95.500 habitações, além de danificar 69 unidades hospitalares, 129 estradas e 2.748 postes de energia.
O Gombe atingiu Moçambique três anos depois de os ciclones Idai e Kenneth terem fustigado, respetivamente, as regiões centro e norte do país naquela que foi uma das mais severas épocas chuvosas de que há memória.
A Ilha de Moçambique, na província de Nampula, foi a primeira capital de Moçambique, permanecendo de pé diversos monumentos históricos, como a Fortaleza de São Sebastião.
Em 1991, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) considerou a Ilha de Moçambique Património Mundial da Humanidade.
EYAC (LYN) // JH
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