"A ocupação não permitiu o restabelecimento nem a entrada dos fornecimentos médicos necessários e a entrada de combustível continua a ser muito inferior ao estipulado no acordo, enquanto o que entrou no norte é insignificante", lê-se num comunicado divulgado pelo Hamas.

A organização palestiniana exige aos mediadores e aos garantes do acordo de cessar-fogo que "obriguem à entrada urgente" da ajuda humanitária estipulada no acordo, nomeadamente tendas, combustível, géneros alimentícios e maquinaria pesada, e querem que terminem "todas as outras violações".

O acordo de cessar-fogo, selado em Doha e que entrou em vigor em 19 de janeiro, prevê a entrada em Gaza de, pelo menos, 600 camiões de ajuda por dia durante as primeiras seis semanas, incluindo 50 camiões de combustível.

Metade desses camiões deverá ir para o norte de Gaza, onde os peritos alertaram para a iminência de fome.

Pelo menos na primeira semana, esse número foi ultrapassado por mais de 4.200 camiões, segundo a ONU, que advertiu que a ajuda enfrenta enormes desafios logísticos de distribuição entre toneladas de escombros e engenhos por explodir.

O Hamas sublinhou ainda que, sem maquinaria pesada, as equipas da Defesa Civil de Gaza não poderão recuperar os corpos soterrados, entre os quais, segundo eles, poderão estar os de alguns reféns.

EL // SSS

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