Os militantes do grupo islamita palestiniano Hamas fizeram-se acompanhar de combatentes da Jihad Islâmica e das Brigadas Mujahideen.

Antes da entrega dos restos mortais, o Hamas exibiu num palco os quatro caixões. Cada um dos caixões exibia uma fotografia do refém. Numa faixa, lia-se a mensagem: "O criminoso de guerra [Benjamin] Netanyahu e o seu exército nazi mataram-nos com mísseis de aviões sionistas".

Nos caixões estão os restos mortais de Ariel e Kfir Bibas, que tinham 4 anos e 9 meses, respetivamente, no dia em que foram raptados durante o ataque do Hamas a Israel de 07 de outubro de 2023.

Estão ainda os restos mortais da mãe das duas crianças, Shriri Bibas, e do ativista Oded Lifshitz, de 84 anos.

Lifshitz era um ativista pela paz que transportava residentes de Gaza que sofriam de cancro para hospitais israelitas, tendo sido raptado juntamente com a mulher durante o ataque de 07 de outubro - tal como a família Bibas de origem peruana e argentina - do 'kibutz' (comunidade) Nir Oz, muito próximo da fronteira com o enclave palestiniano.

A mulher de Lifshitz, Yocheved, foi libertada durante a primeira trégua na guerra, em novembro de 2023, quando 105 reféns (incluindo todos os menores vivos) foram libertados em troca de 240 prisioneiros e detidos palestinianos.

O pai das crianças da família Bibas, Yarden, só foi libertado no passado dia 01 de fevereiro, durante uma troca por prisioneiros palestinianos, após 16 meses de cativeiro.

A 29 de novembro de 2023, o braço armado do Hamas anunciou que a mãe das crianças, Shiri, e os seus dois filhos tinham sido mortos num bombardeamento israelita dias antes, o que Israel não confirmou.

Para sábado, está prevista a libertação dos últimos seis reféns israelitas vivos contemplados na primeira fase da trégua em Gaza.

CAD (RJP) // SB

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